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Abandonado.

  Uma tempestade rugia sobre a cidade. O vento uivava pelos becos, arrastando jornais velhos e embalagens vazias. Sob a luz intermitente de um poste quebrado, uma figura solitária permanente imóvel. Era Lúcifer segurando seu filho nos bra?os.

  Seus olhos rubros, normalmente impassíveis, estavam sombrios, presos ao pequeno rosto que o fitava sem entender o mundo. O bebê era seu sangue, seus herdeiros. Mas também foi o lembrete daquilo que ele perdeu. Helena se foi, e nada mudaria isso.

  ó bebê chorava. Frágil, indefeso. N?o era um monstruoso, nem um ser aben?oado – era apenas um recém-nascido, sem poder, sem destino. Lúcifer ent?o lhe inspirou por longos segundos. Sua mente gritava que partia, mas seus pés hesitavam.

  A chuva caiu mais forte. Ele ajoelhou-se lentamente, pousando a crian?a no ch?o úmido, envolta no pano que ainda carregava o cheiro da m?e.

  Seu olhar ficou frio.

  Ent?o ele diz:

  — Você n?o deveria existir… — murmurou, com raiva e sem afeto.

  Sem olhar para trás, ele parece aos céus flutuando e deu as costas. Fazendo com a escurid?o o envolve-se, consumindo toda sua presen?a até que n?o restasse mais nada.

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  Logo mais um trov?o rugiu, selando assim o seu adeus.

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  Logo em seguida:A chuva ainda castigava a cidade quando Gregor, um velho mendigo de olhos cansados, vasculhava os becos em busca de abrigo. Seus passos hesitantes o levaram até o canto escuro onde algo chamou sua aten??o. No ch?o, envolta em um pano encantado, uma pequena forma se mexia.

  Ele se mudou e arregalou os olhos ao ver o bebê.

  — Mas o que…? — murmurou, agachando-se.

  Tremendo de frio, Gregor pegou a crian?a nos bra?os, sentindo o calor fraco que ainda restava nela. Ent?o, veja um detalhe incomum. Preso ao pesco?o do bebê, um cord?o com um pingente. Ele abriu os dedos trêmulos e encontrou um símbolo de yin-yang dentro de um pentagrama… e algo mais. Letras estranhas foram gravadas no metal. Ele n?o sabia ler bem, mas, ao olhar para as inscri??es, um nome surgiu-se em sua mente como uma sugest?o misteriosa.

  — Onnerb… — ele pronunciou, sem saber de onde aquela palavra vinha.

  Gregor sentiu um arrepio percorrendo sua espinha. O nome parecia pertencer ao bebê, como se estivesse ali desde o come?o. Ele olhou para a crian?a mais uma vez e ent?o decidiu.

  — Venha, pequeno Onnerb. Você n?o pode ficar aqui. — disse, envolvendo-o melhor no pano e sumindo na escurid?o da cidade.

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