Onnerb acordou com a sensa??o de que algo estava errado. O frio do ch?o de concreto sob seu corpo era desconfortável, e sua cabe?a latejava como se tivesse levado um golpe forte. Ele piscou algumas vezes, tentando clarear a mente. O mundo ao seu redor ainda estava envolto na penumbra da madrugada, mas algo parecia fora do lugar.
Lentamente, ele se ergueu, sentindo o corpo pesado. Olhou ao redor. Estava em um beco estreito e escuro, entre paredes cobertas de picha??es e lixeiras transbordando. Mas n?o reconhecia aquele lugar. Como tinha ido parar ali?
Esfor?ando-se para lembrar, flashes confusos atravessaram sua mente. Uma garota de cabelos prateados. Uma lamina brilhante. Algo... algo feito de sombras. O grito inumano ecoou em sua cabe?a como um sussurro distante. Ele levou a m?o ao peito, sentindo um leve inc?modo, mas n?o havia ferimentos visíveis. Nada fazia sentido.
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Tentou se concentrar. A última coisa de que se lembrava claramente era estar caminhando sem rumo pela cidade. Depois, tudo se tornava nebuloso. Um arrepio percorreu sua espinha. Seria apenas um sonho? Um delírio causado pelo cansa?o e pela fome?
Onnerb esfregou o rosto, frustrado. N?o tinha respostas. Precisava sair dali antes que algum problema real aparecesse. Ele se ergueu completamente e come?ou a andar, ainda sentindo o corpo estranho, como se tivesse sido drenado de energia.
Enquanto caminhava pelas ruas vazias, uma sensa??o inc?moda o acompanhava. Algo dentro dele dizia que aquela noite n?o fora um sonho. Mas, sem provas, o que poderia fazer? Apenas seguir em frente, como sempre fez.
No entanto, ele n?o percebeu que, nas sombras de um prédio próximo, olhos prateados o observavam atentamente antes de desaparecer na escurid?o.