Estou preso, ou enganado ao pensar que n?o? Meu corpo está encerrado num quarto cercado por grades com uma pequena fresta na grossa parede. Mas sei que sou livre. No mundo que vejo ao fechar meus olhos, criado por mim, n?o coloquei nenhuma pris?o.
I
Trevas ficou exultante, ao prender, finalmente, a mente daquele ser singular. O poder dele era imenso, o poder de um dahrar. Como se fossem enfeites, se imaginou colocando na pris?o, ao lado do anjo Arjuna, sua nova aquisi??o.
- N?o sei se isso é uma coisa boa – cismou Escurid?o. – Já temos Arjuna, e ele já nos dá muito trabalho.
- Mas ele nos fornece energia de qualidade, e está bem seguro. Esse aqui, apesar de ser um pouco menos poderoso que ele, também vai nos dar um bom suprimento.
- Mas se a m?e...
Trevas sentiu seu est?mago se revolver de nojo.
- Aquela dahrar, Pa?, se foi há muito tempo, quando seu companheiro morreu. Ela n?o vai voltar mais. N?o há ninguém que procure por esse aí. Nós o pegamos no momento certo. Sua mente está bloqueada, e ele nem mesmo sabe mais quem é. Ent?o, está tudo bem – considerou com azedume.
This tale has been pilfered from Royal Road. If found on Amazon, kindly file a report.
II
Pucaya sentiu a enorme press?o em seu cérebro, quando foi empurrado para dentro da cela de pedras. Olhando a volta viu que sua cela n?o era a única. Havia várias delas, em ambas as paredes ao longo do imenso corredor fracamente iluminado pelos respiros no flanco da montanha.
Foi ent?o que viu um movimento na cela vizinha através das grossas barras de a?o. Cuidando de sua respira??o manteve a mente vazia. Entrou e sentou-se, permanecendo totalmente quieto.
Quando o silêncio caiu sobre as celas nas entranhas da montanha estendeu levemente seus sentidos, e algo em sua mente cresceu, como uma dor intensa, como uma alma em grande agonia.
Com surpresa sentiu que quem estava ao seu lado era um anjo. Ele estava quase que irreconhecível, mas era nitidamente um anjo.
Ent?o, vendo em que ele fora reduzido, se recolheu, n?o desejando cair na mesma condi??o.
Dois dias depois que o capturaram viu dois gigantescos dem?nios entrarem naqueles labirintos. Um deles se acomodou frente ao anjo ao lado, enquanto o outro ficou à frente da sua, encostado na parede, os olhos grudados em sua cela.
Sua mente pulsou com grande tristeza quando viu linhas de for?a saindo da cela do anjo e se ligando ao dem?nio, e entendeu o que acontecia ali: ele estava se alimentando do anjo.
N?o teve tempo para processar tudo isso. De forma estúpida o dem?nio que estava à sua frente se prendeu em sua mente, uma dor terrível se insinuando em sua alma.
- Sozinho para ser alimento – ouviu numa voz cavernosa que parecia zombar e saciar do medo que crescia dentro de si. – Eras e eras vai ser assim. E n?o há como escapar. Apenas comida, é o que você passa a ser, tal como esse traste ao seu lado.
A ferroada foi intensa e a agonia amea?ou sua estabilidade, quando o dem?nio come?ou a se alimentar dele. Seu corpo ficou dolorosamente rígido, enquanto via, com horror, linhas da sua energia emergindo do seu corpo e se esticando até o dem?nio, que se sentou no banco de pedra, a cara parecendo em êxtase.